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Curitiba, Paraná, Brazil
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Filosofia x F~isica

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pato Fu - Música de Brinquedo - Parte 1

Pato Fu "Sobre o Tempo" Música de Brinquedo @ Rio de Janeiro

Pato Fu "My Girl" - Música de Brinquedo @ Rio de Janeiro

Pato Fu - Música de Brinquedo - Globo News

Pato Fu - Música de Brinquedo - Love Me Tender (Elvis Presley / Vera Mat...

Pato Fu - Música de Brinquedo - Parte 2

Pato Fu - Música de Brinquedo - Live And Let Die (Paul & Linda McCartney).

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sesinho - É tempo de aprender. Episódio: peteca

A MOÇA TECELÃ




Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.

Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha , e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo.

Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia.

Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse.

E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados.

Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.

E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.

Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido.
Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.
Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha.
E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta.
Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.

Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.


fonte: A moça tecelã de Marina Colasanti


Marina Colasanti visa em seu conto o livre arbítrio, já que a moça tecelã faz as escolhas que mudam sua vida e quando nota o sofrimento que elas trazem, apenas destrói com suas próprias mãos aquilo que criou. A vida, porém, não é um ensaio, quantas não têm o direito de fazer esta escolha?

O "ABRAÇO"

Quanta sensibilidade...adoro essa imagem....vamos refletir sobre ela.....

40 DICAS PARA LER UM TEXTO FILOSÓFICO

40 DICAS PARA LER UM TEXTO FILOSÓFICO

1. Busque motivações – encante-se com o texto ( relação pessoal)
2. Textos não filosóficos podem ser lidos filosoficamente.
3. Procure conhecer o autor.
4. Conheça o contexto.
5. Descubra o pretexto.
6. Faça a “Leitura inicial”: superficial e geral.
7. Observe a estrutura do texto.
8. Situe o texto no sistema filosófico maior.
9. Isole vocábulos difíceis – leitura semântica.
10. Identifique o estilo redacional – leitura sintática.
11. Verifique a hipótese de fundo.
12. Aceite a idéia .
13. Lembre-se: Comer e coçar… ler e pensar… é só começar!
14. Escolha criteriosamente ambiente e a hora da leitura
15. Evite textos muito difíceis inicialmente
16. Saiba que a prática regular da leitura: é virtude.
17. Escolha um trecho do texto, releia, tri-ler até filosofar.
18. Exercite a “Leitura mista”: rápida e aprofundada.
19. Procure chegar à “Leitura normal”: ritmo de leitura.
20. Anote em fichas: problemas, soluções, questões, idéias, frases.
21. Faça comentários.
22. Faça anotações no próprio texto.
23. Tenha um arquivo de vocabulário.
24. Tenha um arquivo de conceitos filosóficos.
25. Tenha um arquivo de assuntos filosóficos.
26. Tenha um arquivo autores.
27. Saiba que cada autor tem seu “idioma filosófico”.
28. Leia sempre uma frase que tenha visão do todo.
29. Encontre o âmago do texto.
30. Dialogue com o autor.
31. Escreva um texto em resposta ao autor.
32. Elabore uma síntese escrita do texto.
33. Tente “dizer” o texto em uma frase.
34. Converse com outras pessoas sobre o texto.
35. Aplique o texto em sua vida.
36. Procure “encadear” a leitura de textos… um puxa o outro.
37. Tenha seus próprios “textos seletos”.
38. Você seria capaz de escrever um texto reflexivo a partir da reflexão presente no texto?
39. (…devo ter esquecido alguma coisa… pode me ajudar?)
40. Mude de assunto , mas mantenha o foco do texto.

domingo, 8 de agosto de 2010

Pensamentos.....filósofos........

Resgate de valores

Valores Humanos

Sócrates discute sobre a piedade às portas do Tribunal, derrubando o rapaz que pensa saber do que fala.

Sócrates ironiza Hípias sobre o conceito de beleza, fazendo-o cair em contradição.

Sócrates, entre os ouvintes, discursa e debate sobre riqueza e poder político, entre outras coisas. Sua visão traz ensinamentos até hoje.

Sócrates dialoga com Críton sobre a religião e a morte. Aqui ele diz como vê os rituais do seu tempo e expõe sua concepção da morte. Trecho do filme "

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Filme Sócrates



Sinopse: Com direção do mestre italiano Roberto Rossellini (Roma, Cidade Aberta), esta superprodução européia é a cinebiografia de Sócrates (470 – 333 a.C.), um dos maiores filósofos da Humanidade. Este DVD traz ainda um revelador depoimento de Roberto Bolzani, professor de Filosofia (USP) e especialista em filosofia socrática. Rossellini mostra o final da vida de Sócrates, em especial seu julgamento e sua condenação à morte, com destaque para os célebres diálogos socráticos: "Apologia", discurso de defesa do filósofo; "Críton", em que um dos seus discípulos tenta convencê-lo a fugir da prisão; e "Fédon", com seus últimos ensinamentos antes de tomar a cicuta. Inédito no Brasil, Sócrates é mais uma aula de cinema de Rossellini e um programa obrigatório para os interessados em Filosofia.





http://telona.org/socrates-dvdrip-xvid-legendado/
http://www.filmeseserieshd.com/filme-socrates-legendado/
http://cafesfilosoficos.wordpress.com/2009/08/25/socrates-socrate-1971-rmvb/
http://cafesfilosoficos.wordpress.com/tag/socrates/