'Nós hipotecamos o futuro', critica sociólogo polonês Zygmunt Bauman

Zygmunt Bauman - Fronteiras do Pensamento

A Liquidez na Pós-Modernidade

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 ZYGMUNT BAUMAN

Estamos vivendo a era do passageiro. Quase nada é feito para durar, tudo passa veloz e acaba caindo na insignificância.  Todo mundo tem pressa, urgência, ninguém entra mais em labirintos, a preferência é pelos atalhos. Chega- se antes, mas não se aprecia a paisagem, o caminho. A aprendizagem, que só o tempo proporciona fica prejudicada. Os bons pratos precisam de tempo para serem degustados, mas o fast- food prevalece. Até as pessoas são descartáveis na hora das relações de trabalho. 

A balança é descompensada e sofre o lado mais fraco. A troca é injusta, desigual. Quantos precisam sofrer para um só ficar rico?

Reflexões depois de assistir a conferência “Desigualdade na era moderna líquida”, do filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman (19-11-1925, Póznan- Polônia) catedrático emérito das universidades de Leeds e Varsóvia, que impressiona pela vitalidade, memória e lucidez aos seus 85 anos. 

O Príncipe (Nicolau Maquiavel)