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Curitiba, Paraná, Brazil
Especialista em Gestão Educacional, Pedagoga Professora e Tutora de Filosofia Autora de livros didáticos Consultora pedagógica/comercial

Filosofia x F~isica

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domingo, 12 de setembro de 2010

TURISMO NO PARANÁ......QUE TAL?

ESTIVE EM PRUDENTÓPOLIS..... VOCÊ TAMBÉM?




Prudentópolis é uma pequena cidade do interior do Paraná, localizada a 200 km de Curitiba, mas de uma beleza sem par!


Ela é muito peculiar, a cultura ucraniana e as belezas naturais são exuberantes!
Ficamos surpresos com os diversos elementos culturais presentes na cidade, quando vemos as “senhoras” que ainda usam lenço na cabeça, vestido e calça evidenciando a maneira ucraniana tradicional de se vestir. (vestígios da cultura de colonização ucraniana e polonesa).



As estradas do interior ainda são de chão cascalhado, com suas placas avisando: aqui mais uma queda d’água, tudo muito artesanal e com setas feita a mão indicando o caminho a seguir...



Infelizmente a estrutura é bastante precária e para visitar a terra das cachoeiras gigantes ainda precisamos de espírito aventureiro!
Mesmo sem estrutura vemos muitos turistas que buscam admirar as belezas das cachoeiras, abraçando as picadas nativas (como eu), pulando muita pedra para chegar à beirada dos rios e das quedas de água e admirar a natureza exuberante, nativa, seus bosques de mata nativa repletos de araucárias de uma beleza sem par!




Nos faxinais vemos o gado solto na estrada, devemos ter cuidado ao passar, pois os mata-burros avisam que você chegou a um recanto natural, uma propriedade agrícola familiar onde vemos a cultura da erva mate, da aveia e de outras culturas, paralelamente oferecendo local para que possamos visitar e apreciar as belezas naturais da região dentro de sua propriedade, tudo muito precário e rudimentar.
Urge que a mata nativa seja tombada e estabeleçam-se áreas de preservação ambiental!




Por todo o município a arte ucraniana registrada nas construções e evidenciada nas suas 33 igrejas de estilo bizantino e gótico, que nos deixam maravilhadas com a riqueza artística e com os ornamentos vindos da Ucrânia. Observem a maravilha do interior dessas igrejas espalhadas por todos os recantos da região!



Na cidade um museu guarda elementos da cultura da imigração ucraniana, porém vemos que necessitaria de maior incentivo das leis culturais de forma a garantir sua manutenção e organização, incluindo um espaço tombada para isso e melhor adaptado.



Pelos caminhos encontramos muitas casas antigas ainda guardam traços da cultura eslava e deveriam ter suas construções tombadas para preservação dos registros da ocupação ucraniana que graças ao presidente Prudente de Morais chegaram ao nosso país e assim chamou-se Prudentópolis em sua homenagem!
E por que não decretarmos uma lei de incentivo a construção de casas e edifícios em estilo ucraniano daqui para frente? Que tal dar essa “cara” para o município e atrairmos ainda mais o turismo para lá?
Quem não admira o maravilhoso artesanato dos bordados ucranianos nas toalhas e vestimentas ou as lindíssimas Pêssankas: ovos pintados com uma técnica especial e que utilizam símbolos que falam de paz, saúde, amor, estrelas e esperança?


Lojas na cidade deveriam ofertar esses elementos e poderiam ser melhor explorados para os turistas que procuram sempre por lembranças de suas viagens.
Encantaram também os jardins e muitas flores embelezam os sítios e as casas e quando visitarem a cidade procurem conhecer a bela pousada chamada Ózera que fica a 3 km da entrada da cidade e que pelas imagens a seguir vocês poderão observar que estrutura para receber turistas já existe...e aliás muito bem estruturada!






Ózera é uma pousada aconchegante, um verdadeiro paraíso ecológico com pássaros, flores, plantas, decoração, arte, gastronomia e lazer, já deveria estar constando dos guias turísticos de nosso Estado.

http://www.ozera.com.br/

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ética.........charge

ÉTICA



Eles falaram de ética...

Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.)

A excelência moral se relaciona com as emoções e ações, e somente as emoções e ações voluntárias são louvadas e censuradas, enquanto as involuntárias são perdoadas, e às vezes inspiram piedade; logo, a distinção entre o voluntário e o involuntário parece necessária aos estudiosos da natureza da excelência moral, e será útil também aos legisladores com vistas à atribuição de honrarias e à aplicação de punições. (...)


Mas há algumas dúvidas quanto ás ações praticadas em conseqüência do medo de males maiores com vistas a algum objetivo elevado[1097b] (por exemplo, um tirano que tendo em seu poder os pais e filhos de uma pessoa, desse uma ordem ignóbil a esta, tendo em vista que o não cumprimento acarretasse na morte dos reféns); é discutível se tais ações são involuntárias ou voluntárias. (...) Tais ações, então, são mistas mas se assemelham mais as voluntárias, pois são objeto de escolha no momento de serem praticadas, e a finalidade de uma ação varia de acordo com a oportunidade, de tal forma que as palavras "voluntário" e "involuntário" devem ser usadas com referência ao momento da ação; com efeito, nos atos em questão as pessoas agem voluntariamente, portanto são voluntárias, embora talvez sejam involuntárias de maneira geral, pois ninguém escolheria qualquer destes atos por si mesmos.




Immanuel Kant (1724-1804) "Fundamentação da Metafísica dos Costumes"

Neste mundo, e se houver um fora dele, nada é possível pensar eu que possa ser considerado como bom sem limitação, a não ser uma só coisa: uma boa vontade. Discernimento, argúcia de espírito, capacidade de julgar, e como quer que possam chamar-se os demais talentos do espírito, ou ainda coragem, decisão constância de propósito, como qualidades do temperamento, são sem dúvida, a muitos respeitos, coisas boas e desejáveis; mas também podem tornar-se extremamente más e prejudiciais se a vontade, que haja de fazer uso destes dons naturais, constituintes do caráter, não for boa.

(...)

Na constituição natural de um ser organizado para a vida, admitimos, por princípio, que nele não haja nenhum órgão destinado à realização de um fim que não seja o mais adequado e adaptado a este fim. Ora, se num ser dotado de razão e de vontade a natureza tivesse por finalidade última sua conservação, seu bem-estar ou, em uma palavra, sua felicidade, ela teria se equivocado ao escolher a razão para alcançá-la. Isto porque, todas as ações que este ser deverá realizar nesse sentido, bem como a regra completa de sua conduta, ser-lhe-iam indicadas com muito maior precisão pelo instinto.

(...)

Uma vez que despojei a vontade de todos os estímulos que lhe poderiam advir da obediência a qualquer lei, nada mais resta do que a conformidade a uma lei universal das ações em geral que possam servir de único princípio à vontade, isto é: devo proceder sempre da mesma maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal. Aqui é pois a simples conformidade a lei em geral, o que serve de princípio à vontade, o também o que tem de lhe servir de princípio, para que o dever não seja por toda parte uma vã ilusão e um conceito quimérico.; e com isto está perfeitamente de acordo com a comum ação humana nos seus juízos práticos e também sempre diante dos olhos este princípio.


Jeremy Bentham (1748 - 1832) "Uma Introdução aos Princípios da Moral"



Pode-se dizer que uma pessoa é partidária de uma ética utilitarista quando afirma que a aprovação ou desaprovação de alguma conduta foi determinada pela tendência de tal conduta a aumentar ou diminuir a felicidade da comunidade e a sua própria.



Augusto Comte (1798-1875) "Catecismo Positivista"



Sacerdote: - É verdade que o positivismo não reconhece a ninguém outro direito senão o de sempre cumprir seu dever. Em termos mais corretos, nossa religião (positivista) impõe a todos a obrigação de ajudar cada um a preencher sua própria função. A noção de direito deve desaparecer do campo político, como a noção de causa do campo filosófico. Porque ambas se reportam a vontades indiscutíveis. Assim, quaisquer direitos supõem necessariamente uma fonte sobrenatural, única que pode subtraí-los á discussão humana. (...)

O positivismo não admite nunca senão deveres de todos em relação a todos. Porque seu ponto de vista sempre social não pode comportar nenhuma noção de direito, constantemente fundada na individualidade. Em que fundamento humano deveria, pois, se assentar a idéia de direito, que suporia racionalmente uma eficácia prévia? Quaisquer que sejam nossos esforços, a mais longa vida bem empregada não nos permitirá nunca devolver senão uma porção imperceptível do que recebemos. Não seria senão, contudo, só depois de uma restituição completa que estaríamos dignamente autorizados a reclamar a reciprocidade de novos serviços. Todo direito humano é, pois, tão absurdo quanto imoral. Posto que não há mais direitos divinos, esta noção deve se apagar completamente, como puramente relativa ao regime preliminar, e diretamente incompatível com o estado final, que só admite deveres segundo as funções.


Simone de Beauvoir (1909 - 1986) "Moral da Ambigüidade"



Existir é fazer-se carência de ser, é lançar-se no mundo: pode-se considerar como sub-humano os que se ocupam em paralisar esse movimento original; eles têm olhos e ouvidos, mas fazem-se desde a infância cegos e surdos, sem desejo. Essa apatia demonstra um medo fundamental diante da existência, diante dos riscos e da tensão que ela implica; o sub-homem recusa essa paixão que é a sua condição de homem, o dilaceramento e o fracasso deste impulso em direção do ser que nunca alcança seu fim; mas com isso, é a existência mesma que ele recusa.
(...) A má-fé do homem sério provém de que ele é obrigado, sem cessar, a renovar a renegação dessa liberdade. Ele escolhe viver num mundo infantil, mas à criança, os valores são realmente dados. O homem sério deve mascarar esse movimento através do qual se dá os valores, tal como a mitômana, que lendo uma carta de amor, finge esquecer que essa lhe foi enviada por si mesma.