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Curitiba, Paraná, Brazil
Especialista em Gestão Educacional, Pedagoga Professora e Tutora de Filosofia Autora de livros didáticos Consultora pedagógica/comercial

Filosofia x F~isica

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terça-feira, 18 de setembro de 2012


Escrever artigos - Para quem necessita escrever um artigo para conclusão de um curso de Licenciatura seguem algumas recomendações fundamentais pois os artigos devem ser curtos e pontuais, mais rápidos de produzir e fáceis de publicar. Para obter melhores resultados, fique atento a estes pontos:
  • Adequação ao público – Ao escolher o assunto que irá desenvolver, pense no leitor. Que tema é interessante para ele? Qual é a melhor abordagem do tema considerando a realidade e as características do leitor? Qual é a linguagem mais apropriada para falar com ele? 
  • Lógica expositiva – Para chamar a atenção do leitor e facilitar o entendimento, o texto deve logo de início dizer a que veio. Se for informativo, deve começar por uma síntese do assunto e seguir com as informações complementares; se for dissertativo, começar pela tese (ou ponto de vista que se deseja expor) e seguir com argumentos. 
  • Redação correta, clara e objetiva -  Certifique-se de que seu texto não tem erros de português e é plenamente compreensível. Peça para alguém revisá-lo, se for o caso. Caso você constate que escorrega na gramática ou na articulação de ideias, vale a pena fazer uma reciclagem em língua portuguesa. Tenha em mente que um artigo mal escrito comprometerá sua imagem ao invés de promovê-la. 
  • Conteúdo relevante – As pessoas só investem seu tempo em leituras que lhes acrescentem algo. Assim, preocupe-se em fazer textos de conteúdo relevante, consistente, bem fundamentado, que provoque diferença na vida do leitor. Falar de amenidades ou obviedades não levará você a lugar nenhum.

Refilosofar.....


Conhecimento: da caverna para a luz

Como se elabora o conhecimento crítico em Platão? A filosofia é a única forma de buscar por esse conhecimento? Para Platão, sim, uma vez que seja possível, com a metodologia apropriada, superar o nível das opiniões. De onde vem o desejo e a atração pelo mundo inteligível que possuem alguns homens, se tecnicamente nunca tiveram contato com o mesmo? Como explicar a vontade do prisioneiro que não conhece o lado de fora da caverna de sair dela?
O amor que deseja a sabedoria é a própria filosofia (literalmente amor ao saber). Gradualmente, à medida que o homem conhece, o próprio conhecimento desperta o desejo contínuo de saber. Após deixar a caverna este humano sofre a cegueira, pois não tivera antes contato com tal luz, e o abandono de seu antigo estado causa medo e dor, mas ele é convidado a continuar sua ascese superando o mundo sensível, apreendendo os movimentos do sol, as estações e suas conseqüências. Desta forma, a conquista da sabedoria e da felicidade carece de incansáveis esforços na aprendizagemdas ciências e das artes. É um processo contínuo de auto-superação. Ele se habitua aos objetos reais do mundo fora da caverna, mas a ascensão é apenas um momento de depuração pessoal. A filosofia na tradição platônica não tende a algum tipo de ostracismo intelectual, depois da contemplação da luz é necessário o retorno para dentro da caverna para despertar os outros para este conhecimento, isto é, o filósofo para Platão, tem um compromisso social e político. Podemos perceber neste momento a preocupação com a “morada comum”. Platão tentou concretizar sua idéia de nova sociedade no final de sua vida atuando politicamente.
Conhecer para Platão é o sumo bem, e o bem está na organização da cidade de acordo com este conhecimento e não de acordo com as opiniões. Podemos comparar o ideal de homem que habita o interior da caverna, com o senso comum, ambos estão apegados às impressões sensíveis e não se permitem enxergar outras realidades senão as impostas pelas circunstâncias. Na pólis grega, os homens que se negavam a participar da vida pública, eram chamados de idiotés, porque se deixavam representar por outrem. Ao negar a própria vontade se submetiam e deixavam a responsabilidade de decidir o destino da cidade para os outros.

Interpretação da Alegoria da Caverna, com ilustração de Eloi Correa dos Santos e Edevaldo de Oliveira Gonçalves.